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Como Diagnosticar a Osteoporose

O diagnóstico inicial da Osteoporose é primeiramente eminentemente clinico, visto que, é a Osteoporose uma síndrome multifatorial e não uma doença bem definida.

Por ser uma doença caracterizada por diminuição da massa óssea e deterioração da micro arquitetura do tecido ósseo, sem grande alteração da matriz mineral e não mineral, leva ela a uma fragilidade óssea e conseqüentemente ao aumento do risco de fratura.

Inúmeras doenças em seu desenvolvimento podem acarretar uma Osteoporose; porém, de todos os tipos de perda de massa óssea, talvez aquela que acomete as mulheres após a menopausa seja a mais comum.

O diagnóstico correto desta doença via de regra passa por uma boa anamnese e um bom exame clínico onde, dados como uma história familiar, perda de altura, abaixa ingesta de cálcio na infância, falta de esporte na juventude, sedentarismo, menopausa precoce, uso de determinadas medicações, e a existência de doenças associadas já permitem ao clínico um primeiro diagnóstico. Somente após esta abordagem é que, a pesquisa através da propedêutica armada deva ser utilizada.

DENSITOMETRIA ÓSSEA, ULTRA SONOMETRIA ÓSSEA, RX, HISTOMORFOMETRIA e PROVAS LABORATORIAIS, permitirão uma quantificação da massa óssea e possíveis causas da sua diminuição.

São objetivos da medição de massa óssea quantificar a sua perda, predizer o risco de fratura, decidir sobre o tratamento mais conveniente e monitorar através de analises seriadas, os benefícios do tratamento.

Densiometria Óssea

O esqueleto humano é constituído por cerca de 80% de osso cortical e 20% de osso trabecular. Quando nos referimos ao osso apendicular, é este constituído praticamente de osso cortical, enquanto os corpos vertebrais possuem uma maior quantidade de osso trabecular.

É o osso trabecular, altamente responsivo a estímulos metabólicos, sendo por este motivo, o local de escolha tanto para a quantificação da massa óssea quanto para o monitoramento da mesma.

Á partir dos estudos de Cameron & Sorenson na década de 60, foi possível a construção de um aparelho que medisse a atenuação de um feixe de energia, emitido por uma fonte externa, quando passando pelo corpo humano.

Devido a dificuldades técnicas deste método pioneiro, foi abolido e substituído por dois outros métodos denominados de: DPA (dual photon) e DEXA (densitometria por RX de dupla energia).

A medição da Densidade Mineral Óssea (BDM) baseia-se na análise computadorizada, da atenuação de um feixe puntiforme de radiação gama, emitidos por uma fonte externa e com dois níveis de energia.

Durante a realização do exame, ponto a ponto, é medida a quantidade de fótons que passam pelo corpo do paciente podendo ser calculada através de formula matemática a relação de emissão/absorção. O valor obtido será traduzido por um número que expressará o resultado em gr/cm2 (gramas de mineral ósseo/cm2 de osso analisado = BDM).

Por convenção, utiliza-se a medida de BDM (Densidade Mineral Óssea) em coluna lombar e colo de fêmur (locais estatisticamente como maior sede de fraturas nos idosos) como sendo os locais de análise. O resultado obtido é comparado com uma tabela de normalidade.

Medições que matematicamente apresentem redução de mais de 2,5 (dois e meio desvios padrões) para baixo da normalidade, convencionou-se rotula-las como indicativas de Osteoporose.

Medições que apresentem uma redução situada entre 0 (zero) e até 2,5 (dois e meio desvios padrões) convenciono-se rotula-las como indicativas de Osteopenia.

Os valores da BDM (Densidade Mineral Óssea) obtidos através da Densitometria, são sempre corrigidos em função da idade do paciente, sua altura e seu peso sendo então comparados com a BDM de uma população jovem e com uma da mesma idade previamente considerada normal.

Dr. Antonio Carlos Novaes (Reumatologista)
Assistente Estrangeiro da Fac. de Med. de Paris